Saindo do vermelho
Por Gabriel Basílio, Gestor de Finanças na MS Prospect
Uma das dúvidas mais frequentes da população em geral é de como controlar e organizar a vida financeira.
Em uma empresa, existem profissionais empenhados em manter o equilíbrio e organização das finanças. Mas como fazer essa gestão dentro da sua casa?
Parece algo difícil, mas com esse material você vai ver que não precisa ser um especialista em Finanças para pôr suas contas e gastos em ordem.
1 - Organizando as contas
A maior dificuldade enfrentada no momento da organização é como medir o que se tem de receitas e gastos. Pode parecer simples, muitos não fazem ideia de quanto gastam por mês com suas contas e por incrível que pareça, muitas das vezes nem o quanto ganham. Para ter essas informações é necessário se organizar em duas etapas iniciais.
Na primeira lista, coloque tudo o que recebe por mês, para melhor análise uma dica é o uso do extrato da sua conta bancária do mês anterior, lá você terá as datas e valores que provavelmente se repetirão no mês seguinte como (salário, vendas, aluguéis a receber, pensões a receber, etc...), todo esse conjunto de valores vamos chamar de receitas.
A segunda lista, divida dois grupos: gastos e despesas (mensalidade escolar, luz, água, aluguel, despesa com cartão de crédito, etc...). Existem aplicativos e programas que auxiliam nessa organização, mas papel e caneta já supre bem essa necessidade. O simples fato de pôr suas receitas e despesas no papel já vai trazer uma informação muito importante, se o que está entrando de fato, é suficiente para cobrir os gastos e despesas mensais.
2 - Fechando a torneira
Após uma organização das contas, a grande maioria percebe que gasta mais do que ganha, e é aí que bate o desespero.
Mas calma, seguindo todas as nossas dicas você irá transformar seu prejuízo em lucro.
Com metade do trabalho feito, você terá um grupo de despesas e outro de gastos. Lembre-se, tenha calma! É muito importante que você coloque todas as informações possíveis nesses grupos.
No grupo das despesas, estarão suas contas consideradas essenciais: luz, água, mensalidade escolar, aluguel a pagar, alimentação, etc.
Essas são contas com maior dificuldade em enxugar no primeiro momento, portanto não serão nosso foco nessa primeira abordagem.
No grupo dos gastos, estarão todas as contas provenientes de uma necessidade secundaria, como por exemplo: cartão de crédito, aplicativo de táxi/Uber, lanches, etc.
Essas são contas com grande variação, e são elas que, a princípio, manteremos nosso foco para descobrir o que pode ser cortado para organizar seus gastos e evitar desperdício do seu dinheiro. Podendo assim, retirar o que de fato tem menos prioridade da sua lista e reverter o que antes era um gasto em uma receita a mais que com certeza vai ajudar e muito sua saúde financeira.
3 - Controlando o vilão
Apontado como o grande vilão pela maioria das pessoas, sem dúvidas, o cartão de crédito é responsável por grande parte das dívidas. Ele sempre é um peso difícil de administrar, mas isso ocorre porque muitos utilizam o cartão de forma equivocada.
Existem algumas técnicas para não perder o controle do seu cartão e ser senhor dos seus recursos, mas nesse artigo vamos nos ater a técnica da aplicação por contas.
Como o nome já diz nessa técnica analisamos o cartão como uma extensão dos seus recursos, mais aplicada individualmente por suas contas. Lembrando do Grupo das Despesas e Grupo dos Gastos, a utilização do cartão deve ser baseada nela. As escolhas da utilização do cartão devem ser baseadas no controle antes estabelecido na 2ª etapa , no momento de restruturação use somente se de fato for necessário e sempre priorizando o Grupo das Despesas que compõe as contas de maior relevância. Uma dica é se atentar as parcelas e estabelecer um valor limite por mês para que não ultrapasse e prejudique seu planejamento mensal, pois se esse valor já é programado e esperado, você poderá lidar mais facilmente com possíveis imprevistos.
Para entender melhor as técnicas de controle de cartão de crédito, busque orientação profissional. Envie-nos uma mensagem com suas dúvidas e teremos prazer em orientá-lo(a).
4 - Mantendo o equilíbrio
Essa é uma etapa que demanda muita atenção, é a hora de manter tudo que já foi conquistado. É natural quando o saldo devedor diminui, se sentir tentado a voltar a gastar novamente além da conta. É muito importante que você mantenha o controle e evite cometer os mesmos erros que te levaram a buscar uma readequação financeira. O tempo para chegar ao equilíbrio de suas contas varia de caso a caso, dependendo do quão desorganizadas estavam suas contas e das receitas que você consegue gerar.
É muito comum que as pessoas tenham a ilusão de que é necessário se privar do lazer durante o processo de readequação financeira. E é por conta dessa falsa ideia que muitos têm dificuldade para aceitar passar por esse processo. O importante nesse caso é que, até que esse equilíbrio seja alcançado, você estude opções de lazer que caibam no seu orçamento.
Se reinvente, experimente passeios ao ar livre, parques públicos, programas em casa, entre outros. Faça um orçamento de cada programa levando em consideração o transporte, alimentação, ingressos e veja o que melhor se enquadra no momento da sua reestruturação financeira, e jamais tente enquadrar seu orçamento aos programas que deseja fazer. Pelo menos durante o processo.
Uma dica muito importante é que essa análise seja feita com antecedência, programe-se para que tudo possa correr o mais próximo de como planejado e diminua as chances de imprevistos que te façam gastar mais do que espera.
5 - Se preparando para os imprevistos
Se você cumpriu todas as etapas até aqui, suas contas estão bem equilibradas e organizadas. É o momento de saber o que fazer com a "sobra".
Momentos difíceis vem e vão e não sabemos quando a maré pode mudar, portanto poupe, invista. Só assim você vai se preparar para possíveis imprevistos.
Estabeleça um valor para este fim, mesmo que pouco, importante é que se tenha esse compromisso. Analise as melhores opções para investimento, busque assessoria de especialistas no assunto, essa é a hora de fazer o seu dinheiro trabalhar para você.
Existem diversas formas de fazer seu dinheiro render mais, escolha a que mais se adéque ao seu perfil. Na dúvida, sempre pense mais um pouco e assim, os tempos difíceis serão um pouco menos difíceis e os tempos bons serão cada vez melhores.
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